quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Morte de um escritor
Morro
Nem mais nem menos, morro tanto quanto tu
Uma vez, de modo definitivo
Apenas peço lágrimas de mentira
Quero que de mim digam que morri de lápis na mão
Que escrevi mais mentiras que verdades
E que foram todos devidamente enganados
Isso, digam que foram devidamente enganados
Pouco tenho a deixar, se não meus enganos
Deixem-se embebedar
Sangrem e vomitem
E bebam mais um pouco
Pois é tudo o que tenho
E ao verme que primeiro roer os frios versos do meu poema
Dedico com saudosas lembranças tudo o que quiseres.
Kauê Pereira
Poeta
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário