Prudente como a serpente que se move
Sobre a pedra e rasteja,
O Lobo Solitário em nós se desapega
Das pegadas deixadas – malfazejas.
Prudente como a ave do céu
Que oscila e plana,
O Lobo Solitário em nós se levanta,
Se reergue – se inflama.
O Solitário Homem de Deus –
Aquele pregado no madeiro de sua filosofia –
O Solitário Lobo perdido
Nas trilhas de sua trilha...
O Solitário, não do mesmo só que é feito
Os outros sós dos embaraços –
Mas o Solitário Pleno
Da solidão de seus laços...
O Lobo Solitário ameno –
A (anti)vítima, o (anti)calvário,
O Homem Pleno – sem acréscimo do outro,
O Lobo Solitário.
Mário Gerson,
Poeta
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