quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Amigos de versos
Poetizando mudanças,
Quebrando barreiras,
Através das palavras
Rompendo fronteiras.
Construindo lembranças
Com emoções verdadeiras,
Ultrapassando as estradas,
Fugindo das angústias rotineiras.
Fortalece laços
Agora a pouco criados
Duma amizade, uma parceria,
Um traço pra todo dia.
Compartilhando abraços
Por ondas virtuais,
Abraços em forma de versos,
Assim a amizade se faz.
De longe vem pra perto,
De perto vai pra longe.
Nessa viagem, nesse nascer,
Não existe a palavra distante.
Pois na poesia somos um só,
Vagando pelos vãos do mundo.
Poetas, loucos, utópicos,
Ligados por um elo profundo.
Destino sentido a trilhar,
Instintivo a coletar,
De Osasco a Mossoró,
Uma só mensagem passar.
De Mossoró a Osasco,
Não há distância entre nós.
Somos poetas vagabundos
E nunca estaremos sós.
Ellen Dias & Felipe Pizzi,
Poetas.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Perdi minha família e vivo na prisão
Eu era tão feliz,
quando com minha família vivia,
hoje sou muito triste...
Pois longe deles eu vivo.
E ainda perdi minha humilde moradia,
meu pequeno coração sofre,
choro,
mas para minhas lagrimas
ninguém se importa.
Aqui na prisão ganho
comida e bebida na mão.
Mas tudo o que eu desejo
é minha liberdade de volta,
que de mim roubaram.
Ficam todos me achando uma gracinha
e pra mim rindo,
mas ninguém imagina o que eu estou sentindo.
Pois para os meus sentimentos
ninguém liga,
quando fico quieto e calado
meu dono chateado comigo fica,
sou apenas um pequeno pássaro
que canto para os meus dias passarem...
E sonho com minha família
um dia novamente estar.
Daniele das Chagas,
Poetisa.
Fronteiras
Decidi romper as fronteiras do pensar
de viver num mundo fantasioso de alegria
sustentadas por baixa nostalgia
já no passado esquecidas
ver aquilo que me leva a crêr
que sim
tudo é possivel
com a dose certa de fé e coragem
os erros vão ocorrer
não basta se esconder
ou desviar toda vida
meio aos caminhos de pedra
tudo passa
todos passam
jeito é, rir da desgraça
sem deixar se abalar
me senti, primeira vez frente a vida
verdadeiramente livre
livre de todo mal consumidor
aquele oposto, a todo sentimento de amor.
Felipe Pizzi,
Poeta.
A flor
Nasceu em um lugar qualquer
Apesar de ser única
A flor da paixão
Flor da dor, dor do espinho
Dor do coração.
Ela está viva, vigorosa, valente, vermelha
Emana a luz da paixão, do prazer
Vibrante!
Quebra a barreira do cenário
Torna-se paisagem
Há... a flor do amor
A flor que desabrochou
A flor que ergueu-se na lama.
O sangue que escorre
É de um corpo perfurado
Pelo espinho fino,
Espinho astuto
Espinho do amor.
A flor nasce várias vezes
E torna-se novamente paisagem
Paixão, poesia e amor.
Você já conheceu a flor
Que dissipa o orgulho
E sara a dor?
A flor do amor.
Kennedy Fernandes,
Poeta.
Espasmo
Prazeres dispersos
num pedaço de papel
amassado, desdobrado
lagrimas ao ver o céu
temor
no que possa vir pensar
tremor
na maré do meu doce lar
a ti, declamo ousadias
todo tipo a mim, uma regalia
eis ai, uma parte do dia
daquilo que quero ver como rotina
aos traços desorientados
crio asas a planar
numa posse desde antes
uma cena, me consumar...
Felipe Pizzi,
Poeta.
Salmo do Desapego II
Muitas vezes, a vida nos põe em um pedestal
Branco e reluzente
Tão reluzente que nos faz esquecer as formigas ao redor
Faz acontecer
Coisas boas, ruins
Mais ruins que boas, sejamos realistas
Cria mágoa
Ódio
Rancor
Nojo
Desprezo
E quando o fim chega
Tudo é esquecido
Dissolvido
No fim
Quando as forças acabam
Quando a fala embarga
Tudo é dissolvido em lágrimas
Perdoado
O processo de desapego é iniciado
Afim de ensinar
Fazer entender sobre a vida
De que ela, pelo menos agora
Não é infinita
E na cabeça, o que Björk falou
Sobre aprender com o estado de emergência
Nunca fez tanto sentindo.
Anderson Morais,
Poeta.
Rimadapressa
Venha ver, venha viver!
Venha me ter, não espera,
que nessa esfera que o mundo é
o tempo voa. Também pudera.
Seja de carro ou seja a pé
venha me ver, vamos viver
e ser um só.
Se for já é!
Hionne Mara,
Poetisa.
Jesus
Mesmo que não pudéssemos ver
Que não houvesse poder,ou não se olhava
Ou o tempo não deixasse
Jesus brilhava ! E tanto
Que a nós como o sol se porta
E a água pura ,que vem do céu
Ele cuida pra que regue ,o que plantou
E chora quando a planta falece
E sombreia em tua prece
A antiga terra, e vaga
Volva-me teu abraço em todo meu sonhar
E faz de encontro comigo seu olhar
Hei de ser contigo
E porque não agora
Que quanto quer minha historia,
já senhora.
Gabriel Botelho,
Poeta.
Deplorar
Sinto um vazio
pelas beiradas
vida dividida
entre noite e madrugada
quando ali
deixo adentro
o sossego
materializa
fere as avessas
causa repudio
desnutrido
frio e sombrio
as maçantes
horas passadas
dia presente
em suma emboscada
que ver aos pés
futuros passos
escassos
direcionados ao fracasso
espaço cansado
amor ao individuo
mal resolvido
impróprio, distinto...
Felipe Pizzi,
Poeta.
Versos
Os versos gritam por liberdade
Os versos estão presos por medo,
Por medo da sociedade.
Os versos vibram internamente
Fogem a interpretação
São escravos.
Tramam em silêncio
No escuro, na solidão
Buscam o externo
Como jatos, querem sair.
Há versos que amam
Há também os que não são amados
Os versos choram, gritam.
Alguns preferem o silêncio outros
A solidão.
Somos versos.
Kennedy Fernandes,
Poeta.
A Atriz No Palco
Os versos estão escritos
Na árvore morta
Sem beleza exposta
Em noite de dores e gritos.
A atriz no canto se produz
Nessa noite sem luz
Sem o prazer forte
Que a mesma deviria sentir
Ao representar com a morte.
Será a primeira vez da atriz
Nesse palco infeliz.
Nesse teatro sem espectadores
Com cheiro de flores.
Nesse teatro do submundo
Os versos são mortais
Fazendo os atores desleais
Nesse inferno profundo.
O som do piano de bela harmonia
Com barulho do tormento.
Ela espera a luz do dia
E o sobro do vento
Nesse palco sem vida.
João Carias de França,
Poeta.
Na árvore morta
Sem beleza exposta
Em noite de dores e gritos.
A atriz no canto se produz
Nessa noite sem luz
Sem o prazer forte
Que a mesma deviria sentir
Ao representar com a morte.
Será a primeira vez da atriz
Nesse palco infeliz.
Nesse teatro sem espectadores
Com cheiro de flores.
Nesse teatro do submundo
Os versos são mortais
Fazendo os atores desleais
Nesse inferno profundo.
O som do piano de bela harmonia
Com barulho do tormento.
Ela espera a luz do dia
E o sobro do vento
Nesse palco sem vida.
João Carias de França,
Poeta.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Salmo do Desapego Mesquinho I
Salmo do Desapego Mesquinho I
Quando meu corpo enjoar do teu se afaste
Pense
Se reinvente
Suba na cama de um jeito diferente
Toque a coberta com as mãos bem quentes
Quando meu corpo se fadigar
Ausente-se
Caminhe em outras ruas
Procurando maçãs mais rubras
Bem diferentes das minhas
Pálidas
Não castas
Quando meu corpo não quiser mais o teu
Atravesse a porta
Sem choro
Sentimentalismo
Enjoei de ti.
Anderson Morais
Poeta
Quando meu corpo enjoar do teu se afaste
Pense
Se reinvente
Suba na cama de um jeito diferente
Toque a coberta com as mãos bem quentes
Quando meu corpo se fadigar
Ausente-se
Caminhe em outras ruas
Procurando maçãs mais rubras
Bem diferentes das minhas
Pálidas
Não castas
Quando meu corpo não quiser mais o teu
Atravesse a porta
Sem choro
Sentimentalismo
Enjoei de ti.
Anderson Morais
Poeta
Morte de um escritor
Morro
Nem mais nem menos, morro tanto quanto tu
Uma vez, de modo definitivo
Apenas peço lágrimas de mentira
Quero que de mim digam que morri de lápis na mão
Que escrevi mais mentiras que verdades
E que foram todos devidamente enganados
Isso, digam que foram devidamente enganados
Pouco tenho a deixar, se não meus enganos
Deixem-se embebedar
Sangrem e vomitem
E bebam mais um pouco
Pois é tudo o que tenho
E ao verme que primeiro roer os frios versos do meu poema
Dedico com saudosas lembranças tudo o que quiseres.
Kauê Pereira
Poeta
domingo, 12 de janeiro de 2014
Poema de amor louco
Para o velho Buk.
Eu que muito tenho bebido;
Que às vezes desejo um trago;
Que muito tenho mentido e
Me enganado.
Eu que me tenho abandonado;
Que às vezes aludido
Não me encontro em mim mesmo;
Que ando a esmo;
Entre os olhares compassivos.
Eu que entre pernas estrangeiras
Viro bicho,
Viro gozo;
Que muito tenho me iludido
em camas avulsas.
Eu que nos bares afogo maus amores
Sugando bocas ébrias.
Eu que me sufoco enlouquecido
Das brigas que evitei resignado;
Das vezes que não quebrei os vidros;
Do sangue que engoli estancado.
Eu que entre um desdém e outro
Visto-me em amargura
E profanação.
Eu que em pelo e verso
Sou inflamável.
Eu que desvivo em mim;
Ao me procurar nos corpos alheios;
Eu que já não tenho freios;
Gozo a vida até o fim.
Bruno Radner/Rayane Medeiros
Poetas
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
A bruxa
Por mim
seria assim, sem fim,
mas não
sou só eu que escolho.
Só colho
aquilo que planto
num
canto, num riso, num choro.
Não choro
e nem mais me espanto.
Sem fim,
porque não quero que acabe,
se cabe
você nesse abraço,
mal passo
um dia sem isso
feitiço
já vira saudade.
Nem sou
bruxa assim, de verdade
porque
também me enfeiticei,
quando
nos seus braços deixei
que me
fizesse mulher, à vontade.
Hionne Mara,
Poetisa.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Calvário
Não quero escrever pra você
E ser o poeta que embala teus sonhos
Detestaria que pensasse que te sirvo
Trabalhador incansável a te eternizar
Em rimas polidas que pouco significam
Lugares tão comuns quanto a falta de senso
De exaltar algo que me põe em destroços.
Não quero cantar-te
Melodias doces, fáceis de recordar
Almejo, antes de tudo, olvidar
Todo o significado impresso
Nos atos banais, singelos
Frivolidades elevadas a um novo status
Testamentadas com tão pouco caso.
Não quero me tornar um fantasma
Arrastando correntes noites adentro
Perseguindo a luz daqueles momentos
Pra expurgar todo e qualquer carma
Criados à revelia de meus intentos
Por tão vis e cruéis sentimentos
Que me tomaram de assalto
Quando menos era esperado.
Quero, não, necessito respirar
Preciso lembrar quem eu sou
Me situar no caminho onde vou
Sentir que a vida é possível
De ser vivida, vívida
Longe de ti e da negação
Que me impus, ao aceitar condição
De que era preferível
Te amar sem me amar.
Bruno Radner
Poeta
Contando os Minutos
![]() |
Valencia, Spain 1952. Photo: Elliott Erwitt |
Cinco minutos
Para que portas se abram
Corações se partam
Que a melancolia invada
Já sabe do que se trata
Três minutos
Puxe o braço Preencha o átrio
Olhe nos olhos
Sem ressalvas
Diga a verdade
Sem ressalvas
Com honestidade
Sem ressalvas
Da realidade
Sem ressalvas
O amor brota
Corajoso
Intuitivo
Novo
Sem receio de achar
De buscar
A plenitude
A infinitude
Do ser amado
Sem medo dos sonhos
Sem medo de amar.
Anderson Morais
Poeta
Em ser Leal
Marca-me lealdade
Pela dor que lhe certifica
Se sangrar o peito é mostrar-te
Vivo hei de perecer
E se perdida parecer a causa que te elevas
Sossega em mim teu cansaço
Pois pudera eu não pertencer a te por vezes
E desde agora quero servir-te
E se de tempo em tempo
Parecer que lhe esqueço
É que puro não serei tanto
A dor
Mereço
Gabriel Botelho
Poeta
domingo, 5 de janeiro de 2014
Regaço minhas asas
Regaço minhas asas
Teu abraço me faz triste
Pela distância e a complexidade
Regaço minhas asas, mas ainda não sei voar
Quero teu colo meu amor
Se perdido me farto, me farto hei do tempo
Da distância pura e rude
Se pudesse levar-me o vento
Ajudaria eu com minhas fracas asas
Regaço-as mas falta-me coragem
Quem sabe seja o medo da neblina e da friagem
Que de imaginar suspiro
Quem sabe o amor real não seja
Pois me falta a ousadia que quem vive
A liberdade de quem chora
E a compreensão de tua ida
Gabriel Botelho
Poeta
Respire em mim
Senti seu cheiro desde a esquina,
O cheiro de tua pele quente,
E como se fosse aguardente, me embriaguei.
Descobri que eu visto a roupa pro'cê tirar,
Pra que a tua mão enfeite meu colo,
Pra que teu sorriso se espalhe em meu umbigo,
Pra que sua sorte encontre minha cama.
Eu não preciso dos odores que vem em vidros,
Feromônios destoam nas ruas,
Mas meu aroma tu reconheces como um leão faminto.
Eu desligo os alarmes,
Destranco as portas,
Descarto os medos,
Desbravo os devaneios.
Eu escolho arder em tuas pernas.
Acorde meu bem, pois o dia raiou.
Respire em mim e inspire em nós.
Ana Clara Duarte
Poetisa
Na Manhã do Sábado
Na manhã do Sábado
Debaixo do céu nublado
O corpo no chão sangra
E a mãe por justiça clama.
Uma criança morta
Em acidente assustador.
A multidão esta a sua volta
Vendo a cena de horror.
Uma mulher que tenta consolar
Uma mãe desesperada
Que não parava de chorar
Vendo morta a filha amada.
Olho para a menina
Lembro-me de como era linda,
Mas a beleza foi acabada
Ela se encontra despedaçada.
Ela não verá o sol nascer
Nem poderá mais sonhar,
Nem voltar para o seu lá,
Só restará ao seu corpo apodrecer.
João Carias de França
Poeta
O desfecho extraordinariamente comum
-
- Entreteve-se tantocom o mundo de plásticoque já não sentia mais os pisões,nem mesmo o peso da classe,que lhe era – ilusoriamente – natural.E morreu feliz(bem melhor que outros):sentia apenas o queimaginava possuir.E o erro, quando vivo,caso pudesse perceber:possuía apenas o queimaginava sentir.Sempre imaginava.Nem sempre sentia.Felipe ContiPoeta
Conspiração
Estamos nos encontrando ou nos perdendo,
isso não faz sentido seu orgulho contra minha timidez,
e quando ficarmos frente a frente no jogo?
eu com minhas cartas e você com suas armas imateriais,
eu não me lembro quando ficamos em lados opostos,
você não se cansou de todos os nossos amigos dizendo o que já sabemos,
mas quando eu estiver sozinho mergulhado na neblina,
não tente me encontrar,
pois estou procurando uma maneira de ficar ao teu lado...
Mário César
Poeta
Lágrimas no Espelho
Exatidões incertas
Pensamentos em alerta
Gritos no silêncio
Tormentos numa mente dispersa
Uma rosa sem espinhos
Um espinho em uma rosa
Uma rosa branca ,
Delicado corte
Sangue vermelho
Lágrimas no espelho
Um conselho
Uma direção
Uma certeza incerta desta situação
O Sol está com frio
A força é uma veia bailarina
A poesia é uma injeção
Uma flor de laranjeira
Cheirando choro
Um olhar na janela
Esperando a chuva, olhando para o céu azul
De pijama de flanela, amarelo, cor dos raios do sol.
Uma quarta-feira, um horário, uma dor
E uma força transborda na fraqueza.
Jeniffer Javorski Cabral
Poetisa
Baby, goodbye
Seca como uma folha que cai
Dura como as pedras atiradas
nas madalenas atuais.
Frígida como o gelo
que esfria o Whisky,
vivo dias em anestesia.
Ainda que o ciúmes me corte
e que a mim seja oferecido
um pouco de proteção,
nesse momento nada me atinge forte.
Ainda que eu caia
ressurgirei como uma flor
que nasce no concreto.
Eu sou o meu anjo guardião.
Eu sou o meu bem feitor.
Sou a minha fortaleza e
sou a montanha mais alta
de todos os planetas.
Você me ensinou a ser assim
e na minha lei
não cabe mais você
e sua estupidez.
Ariany Vale
Poetisa
Sem Nome
Teus lábios doces,
docemente despiram-me.
Ponto por ponto, nó por nó.
Minha alma nua,
não teve escolha,
padeceu em teus braços.
Debaixo da mangueira,
sorrimos em flor.
Fui por teus caminhos,
e dancei em teus lábios.
Ainda hoje,
pós idas e voltas,
se passas por mim,
estremeço.
Edja Lemos
Poetisa
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