quinta-feira, 4 de outubro de 2012

II


Invades-me, serenidade meiga
amiga dos momentos de triste solidão
De quão perdida me encontro, isolada na multidão
És uma luz nos momentos sombrios
Acalmas uma mente desajeitada, um coração inútil
Não fosse ele estar preso aos becos de saudade
Do que fomos, do que sentimos, do que vivemos

Não podemos sempre ficar, quando o movimento nos pede
Quando a necessidade nos acolhe num lugar diferente
Quando nos sentimos unicamente obrigados
Pensamentos de quem esta descontente
É o fado da vida no qual queremos vingar
Fugindo do desprezo do real, no acolher
Deste lugar ao qual não pertenço e que tanto me faz sonhar

Joana Fernandes
Poetisa

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