Os olhos de interrogação
E a boca de meia lua
Dão a ela essa feição
Indecifrável
Os pés parecem sujos
A expressão é de cansaço
Na fila do pronto socorro
A mulher de meia idade
Me encara com piedade
Há sangue em as saia
E um curativo um sua veia
Me encara com olhar sério
Aquela mulher tão feia
Velha, mal vestida e despenteada
Sua cara tinha cara de saudade
E em seus olhos transparecia sua dor
Pobre, velha e desacompanhada
Pobre mulher sofrida
Que em encara no corredor
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