sexta-feira, 22 de março de 2013

Demitir deus

Por algumas horas passei com o jornal a mão
Ruas frias e neblinais
Carregam os sois para alguns
e as penumbras para outros

Noite anterior
Recostado na escada
Meia volta no meu progenitor,
Eu Já estava na casca
Sendo Aparado com ela
Lambendo os lábios a sangue

Decidi não argumentar
Parar hoje
ou espalhar

Apertos destrutivos na pele
Caixa tarraxa semi-descoberta
Sera por amor
e não pela descoberta
Sera pela abertura no meu queixo
e não pela descoberta

Choro encima da tua rua
Choro encima do teu caixão
Choro encima da tua coberta
Choro em meio a submissão

é melhor levar a velha praga consigo
senão ao passear nas ruas
verei rostos descolados
e muitos filhos disso

Passeando nos seus carrinhos de bebe

é plausível levar a praga consigo

o encontrei quando dava meus últimos passos naquela rua
olhou-me com gracejo
coçava sua barba mal feita

Amassei o jornal e lhe joguei no rosto
Afinal não moramos um no outro
Apenas namoramos quando está perto de dormir

Passei por ele e sorri
Eu o demiti
Eu o Demiti

Max Rafael
Poeta

Nenhum comentário:

Postar um comentário