Flores coloridas
Suspendem a
alma, quando se
está
frágil.
Aí surgem uns perfumes meio
loucos
De algodão doce
Com erva cidreira e capim santo.
Até borboleta amarela assusta, nessas horas.
O vento no rosto lembra uma
macieira,
Uma cahoeira
Lembra o gato
falecido a um ano de gripe incurável.
Flores coloridas,
Suspendem a
alma
Quando se está frágil!
Estou suspensa num fio
de teia de aranha,
Como se me
balançassem
de rede debaixo de um pé de laranja.
Se a sanidade
resolver
me visitar,
Juro, comprarei tintas da cor do mar!
Farei delas o
alvorecer
Na sala de estar
E para o gran finale,
Pintarei um cururu de colan
e de tutu
Fazendo cambrê
Contra a maré
De urubus!Ana Luíza Dantas Lira
Poetisa
Lindo!
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