quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Os imensos abismos
Que farei com esta paz
Que me consome,
Corrói-me
Como uma ferrugem
Sobre o ferro?
Esta paz
Posta sobre as coisas,
Esta paz
Jogada sobre a cama,
Esta paz
Personificada em lábios,
Braços,
Bustos,
Pernas
E dedos.
Esta paz
Efêmera sobre os lençóis,
Acuada pelo medo –
A presa que se devora!
Esta paz fragmentada sobre imensos abismos,
Descendo a profundezas tão nossas!
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"Que farei com esta paz?" Adorei.
ResponderExcluirEntão, que faremos nós com esta paz que nos persegue? Obrigado pela leitura, querida Ellen Dias.
ResponderExcluirAdoro o jeito em que você coloca as palavras usadass e a última frase, em especial, é muito agradável.
ResponderExcluir" Esta paz fragmentada sobre imensos abismos,
Descendo a profundezas tão nossas! "
Obrigado, Anynha... A poesia que não é compartilhada não é poesia. Sua presença aqui é que agradável sempre!
ResponderExcluirMuito linda e forte esta sua procura pela paz da qual eu tambem me identifico, nesta busca se não fosse os abismos de nós mesmos...Feliz Natal!!! Continue assim lutando por um mundo mais justo!!!
ResponderExcluirBeijo carinhoso
Boa tarde, Dulce! Obrigado por sua leitura. Essa busca constante no meu tumultuado espírito de poeta, é uma das melhores coisas que já me aconteceram na vida.
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