segunda-feira, 9 de abril de 2012

IV


Os olhos choram o dia que não nasceu…
Poderá algo assim se entregar
À Dor por aquilo que não viveu?
O Tempo não cessa o seu contar
E em quem habilmente o teceu
Cresce o temor de seu furtar.
Não houve luz que por Prometeu
Cintilasse após seu amargo amar
E os olhos choram o dia que não nasceu.

Pedro Belo Clara
Poeta

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