segunda-feira, 30 de abril de 2012
Todo poeta
Todos os poetas falam das mesmas coisas;
Todos eles têm as mesmas e outras vidas...
Todos escrevem por amor,
Todo amor na sua escrita.
Todo poeta nasce calando
O que no peito está sempre gritando.
Ele pode ser engraçado, pode ser irritado...
Pode ser tristonho e, mesmo assim, esbanjar sorrisos...
Seus versos serão sempre seus lírios.
Todo poeta é incompreendido, muitas vezes por ele mesmo.
Todo poeta jura ter um eu lírico e as palavras belas de amor
E tristes de amor e esperançosas de amor na verdade não são de amor...
E o que você ler aqui ou ali em outro poema são rimas e simetrias
De um fingidor que morre fingindo toda sua vida
Que nunca morreu de amor.
Todo poeta já morreu...
Todo poeta, menos eu.
Danila Sousa
Poetisa
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