O que tens tu,
Liberdade,
Para que tantos te acreditem?
O que apregoas tu,
Liberdade,
Para que tantos dêem
Suas vidas em teu nome?
Que beleza escondes tu,
Liberdade,
Para que tantos
Te queiram conquistar?
E que poder realmente
Se acha em ti,
Para que outros
Te queiram derrubar?
Não sei que tesouro honroso
Descobriste em mim,
Liberdade,
Para nas linhas de meu coração
Constituíres residência…
Que importância, afinal, tens tu?
Que mistério se esconde
Em cada letra de teu
Glorioso nome?
Que feitiço murmuras
Para que os punhos se cerrem,
Para que o sangue ferva
E para que a determinação
Suplante a inércia?
Ó Senhora das batalhas,
Ó Mãe dos Ideais,
De que Reino és Rainha?
Podes ser impulso desenfreado,
Cegueira efémera,
Vitória alcançada
Ou mesmo paz perdida,
Mas, sem ti, nenhum Homem
Poderá realmente afirmar
Que possui vida...
Pedro Belo Clara
Poeta português
Quero apenas acrescentar o seguinte: este poema foi aqui publicado (e isso agradeço ao Mário Gerson) no exacto dia em que se completam 38 anos da 'Revolução dos Cravos', o movimento militar que terminou com o 'Estado Novo', um governo de índole fascista. Hoje, em Portugal, celebramos o fim da ditadura, celebramos a Democracia, celebramos a... Liberdade!
ResponderExcluirAbraços.
Um lindo poema, Pedro Belo Clara!
ResponderExcluirAgradeço a leitura, Ana.
ResponderExcluirBeijos poéticos.
Pedro, conte sempre com este espaço. Como prometido, seu poema figurou no exato dia dos 38 anos da Revolução dos Cravos, data histórica para o país-irmão Portugal. E viva a liberdade, sempre!
ResponderExcluirTudo correu conforme previsto, o que aliás nunca duvidei... O meu agradecimento Mário, pela atenção e pela simpatia.
ResponderExcluirUm abraço e... viva a Liberdade!