terça-feira, 18 de setembro de 2012

Percepção


Guardo em meu infinito
Sonhos não revelados
Que gritam como um trovão
E o discurso não aludido
Pulsando na circulação.

Percorro as singelas curvas
Com minhas convicções,
No sigilo de palavras turvas,
No eflúvio das ilusões,
Respiro constatações silenciosas.

Imersos em uma solidão arredia,
Meus ouvidos apreciam
Uma melodia inconsciente,
Apenas os meus olhos enxergam
Alguns detalhes inerentes.

O vento carrega a poeira,
Ao canto de uma noite fria,
Mas é à incandescente lareira
Que a minha percepção assobia...

Não há ciência sem erros
Nem mundo sem imperfeição
São falhos os meus acertos
À procura de uma razão...

São detalhes soltos em trovas
Que tentam refazer-me em versos,
Envolta em tudo que crer,
Sou apenas mais um ser
A vagar pelo universo.

Ana Rita Lira
Poetisa

2 comentários:

  1. Mais uma vez... muito bom! Parabéns! Uma jovem poetisa plena de talento, hein Ana?? Gostei muito =)
    Excelente planificação da alma humana que vagueia pelos corredores de sua existência...
    Beijos.

    ResponderExcluir
  2. Agradeço mais uma vez a leitura e o carinho.
    Obrigada, Poeta!

    ResponderExcluir