Jurava-me
um amor intenso e louco
Mas
foi só eu virar as costas
E
suas juras já estavam postas
Sobre
as calçadas dos becos
Nos
quais decomposta
Lambuzava-se
em outras salivas
Guarde
o seu amor para quem te queira
Que
de seus lábios eu não quero nem a promessa
Nem
a esperança desordeira
Que
ficou em mim após aquele adeus
Distribua
seus beijos amargos pelas ruas e calçadas
Que
eu de você não quero nada
Nem
mesmo as lembranças do amor
Que
falsamente me jurava
Vá viver seus prazeres mundanos
Vá
viver de amor em amor implorando
E
se entregue ao papel ao qual se prestou
Prostitua
seus beijos nas sarjetas
Prostitua
seus sonhos e o amor que me jurou
E
se um dia cruzar comigo na rua
Faça
de conta que eu nunca fui sua
Quando
eu te vir por aí mendigando
O
mesmo amor que vivia jurando
Nem
pena irei sentir
Vá
buscar seu horizonte
E
desapareça da minha estrada
Perca-se
nos becos e calçadas
Distribua
aos bêbados e mendigos
As
migalhadas do seu amor de fachada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário