segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Juras de um falso amor



Jurava-me um amor intenso e louco
Mas foi só eu virar as costas
E suas juras já estavam postas
Sobre as calçadas dos becos
Nos quais decomposta
Lambuzava-se em outras salivas

Guarde o seu amor para quem te queira
Que de seus lábios eu não quero nem a promessa
Nem a esperança desordeira
Que ficou em mim após aquele adeus

Distribua seus beijos amargos pelas ruas e calçadas
Que eu de você não quero nada
Nem mesmo as lembranças do amor
Que falsamente me jurava

Vá viver seus prazeres mundanos
Vá viver de amor em amor implorando
E se entregue ao papel ao qual se prestou
Prostitua seus beijos nas sarjetas
Prostitua seus sonhos e o amor que me jurou

E se um dia cruzar comigo na rua
Faça de conta que eu nunca fui sua
Quando eu te vir por aí mendigando
O mesmo amor que vivia jurando
Nem pena irei sentir

Vá buscar seu horizonte
E desapareça da minha estrada
Perca-se nos becos e calçadas
Distribua aos bêbados e mendigos
As migalhadas do seu amor de fachada.

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