quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Sobreviva


O extraordinário abatedouro do indivíduo comum
reside num cotidiano truncado e estacionário,
e de lá resultam quase todas as formas de desencanto.

Mas pode haver flores – ou não.
Mas pode haver cores – ou não.
Mas pode haver dores...
Então diz ele: “Pois não!...”

A carne, outrora amaciada pelos desencontros,
encontra-se carimbada pelas mesmas sentenças e agora
descobriu a liberdade na prateleira do supermercado.

Felipe Conti
Poeta

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