I
Vasculhar a alma
Abrir a gaveta-coração
Quantos eus cabem em mim?
Procurar com calma
Na completa escuridão
Encontrar-se ao fim
II
Despir-se do ego, dos medos
Das mentiras e da hipocrisia
Aceitar cada eu que existe
De mãos dadas comigo, entre os dedos
Está a beleza, a feiura, a fantasia
O que tenho de alegre e triste
III
Aceitar-se. Nada mais.
Olhar pra si e conseguir
Rir, chorar, tirar sarro
Conhecer-se, achar a paz
Que está em admitir
Que somos mármore e barro.
IV
Olhar o espelho, ver a imagem
Perceber-se através do corpo
Admirar-se novamente
Navegar em si, sair da margem
Deixar a segurança do porto
Sem certeza permantente
V
Adaptação
A que me obrigo
Pela consciência
Que pro coração
O melhor abrigo
É a autociência.
Gostei!!!!
ResponderExcluirParabéns
Davi de volta com sua bela poesia. É isso aí, cearense. Vamos em frente!
ResponderExcluirMuito belo teu poema, Davi!!
ResponderExcluirParabéns!