segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Como a massa do pão
Que apanha para crescer
Como o mato no chão
Que só cresce se chover
Como é preciso escuridão
Para ver o amanhecer
O coração aprende a superar
Como é preciso cuidado
Para a planta vingar
Cada galho, quando podado
A seiva, o seu lento sangrar
Refaz-se maior, mais ousado
Enche-se de flores a desabrochar
O coração aprende a esperar
Como um fio dágua, insistente
A esculpir a caverna devagar
Como o primeiro voo, valente
O ato insano de se jogar
Como comporta-se o fogo, ardente
E seu incessante crepitar
O coração aprende a amar.
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