sexta-feira, 25 de novembro de 2011

(De)pressa



Hoje eu sinto menos sua falta
Menos do que ontem.
Ontem eu sufocava,
Mal podia respirar!
Quis me embreagar
Perder o rumo, o prumo
Os sentidos, o chão...
Mas hoje, não!
Hoje eu não tenho tanta pressa.
Até levantei mais cedo,
Andei pela praça,
Comprei o pão.
Mas não fiz café:
Só havia água em minha casa.
Amanhã é segunda-feira,
Talvez eu faça a feira,
Mas eu não tenho pressa..
Vou te expelir no suor, feito toxina
Assim, um pouco, todo dia,
Até um dia...
Hoje sofro menos do que ontem,
Amanhã menos do que hoje,
Depois de amanhã.. Não sei!
Só sei que hoje me amo mais do que ontem,
Amanhã me amarei mais do que hoje
E depois de amanhã...
Me olharei no espelho
E verei mais a minha imagem do que a tua.
Sem pressa...

10 comentários:

  1. Seja bem-vinda de volta... sua participação é sempre importante. Belo poema...

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  2. Obrigada, Mário! Os diários estão quase prontos e os poemas de Viña del Mar também! :D

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  3. Eita mulher de poesia forte! Meus olhos brilham quando leio um texto assim, coisa linda! A auto valorização, o amor próprio e a simplicidade presentes nesse poema são realmente fascinantes.

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  4. Obrigada, Ellen! Meus olhos brilham quando as pessoas sentem o que eu sinto com a poesia.

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  5. Fizeste muito bem em escolher um nome forte como Macabéa da Clarice e junta-lo a La Mancha de Cervantes, foste beber em fontes preciosas e espero que mereças cada vez mais estares junto a eles .melhor espelho não há .Seu estilo em retratar o cotidiano é muito bacana e verdadeiro.Continue assim!!!!!Bjos

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. lindo, caseiro, poesia com cheiro de café com pão às 4:00hs de uma tarde de pássaros!

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  8. lindo poema.....até copiei este poema para meu blog :]

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