segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Antes só



Antes só que ao lado dos insensíveis,
destes olhos tristes que não vêem beleza alguma.
Destes versos mortos, destes amores tortos,
aspirantes à vidas vazias.
Antes à solidão, que aos sorrisos fáceis,
que às promessas frágeis,
cartões-visita das falsas e inebriantes companhias.
Antes só que a mercê dos descrentes,
dos que não vêem um palmo à frente,
das próprias mãos e pés.
Dos que estão sempre rodeados de amigos,
que possuem companhia para os dias festivos,
mas que sentem-se muito mais vazios que muitos solitários por aí.

Ana Cláudia Nóbrega Alencar
Poetisa

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