segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Na casa do ser



Quanta solidão!
Como pode entrar sem pedir licença
Tapar os olhos,
E impedir de enxergar
E de sentir, na pele,
Os dourados raios de sol
De um belo dia?

Quanta! Quanta solidão!
Sobre os móveis - feito poeira -
Ela se assenta por toda parte
Da casa do ser,
Ou se dispersa pelo chão,
Os olhos sempre a encontrarão.


Sousa Neto
Poeta

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