Quanta solidão!
Como pode entrar sem pedir licença
Tapar os olhos,
E impedir de enxergar
E de sentir, na pele,
Os dourados raios de sol
De um belo dia?
Quanta! Quanta solidão!
Sobre os móveis - feito poeira -
Ela se assenta por toda parte
Da casa do ser,
Ou se dispersa pelo chão,
Os olhos sempre a encontrarão.
Sousa Neto
Poeta
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