Faz-se cada verso da agonia
Que sai do coração do poeta
Como um parto, lancinante
Fez-se aos poucos a poesia
Pequena, imperfeita, incompleta
Garimpada como diamante
Vão embora os fantasmas
Vão agora é o verso
Vão, vazio, deserto
Mas como posso me esquivar da poesia?
Apronte o verso
Aponte o lápis
A ponte se faz
Entre o que é real e o que é fantasia
Haja o verso! - e ele se fez
E se fez outro, e mais outro!
Desdobrou-se em sentidos
Em perder-se de significados
Em desprender-se, liberto
Expôs minha carne outra vez
Mostrou minhas vontades
Meus sentimentos retidos
Como me esconder da poesia
Que escorre do meu peito aberto?
Legal!! Muito bom!
ResponderExcluirBelo poema!
ResponderExcluir