A liberdade o roubou de mim,
Me deixando entregue à sorte,
Aos dias infindáveis de inverno.
Levou-me os sonhos,
Os discos,
As flores colhidas no jardim.
A liberdade deixou-me a conversa inacabada;
O riso silenciado,
O beijo não saciado.
Levou-me não somente planos,
Mas parte do que jamais serei;
O equilíbrio cobiçado pelos insanos.
A liberdade o cortejou
Para lançar-lhe ao pecado dos insaciáveis,
Deixando-me às diretrizes do acaso.
Levou-me o olhar ingênuo,
Restando somente o indiscreto e preciso;
O aventurar-se comum dos insensatos.
A liberdade o roubou de mim,
Deixando-me o vazio,
O vento frio no cabelo arredio.
Levou-me
e fez do permissível,
minha prisão sem amarras.
Levou-me a vida,
levou-me de mim.
Rayane Medeiros
Poetisa
Lindo, leve, elegante, musical...
ResponderExcluirparabéns,
rubem obelar
p.s.: caso disponha de tempo, leia, comente, participe do blog...http://robelar.blogspot.com.br/
(poesia, informação, música, cultura enfim)
Muito obrigada Rubem!! ;*
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