terça-feira, 5 de junho de 2012

Teu corpo é mar



A pretensão vem dos rios,
Que navegam nas salas,
Entrando nas almofadas,
Fugindo pelo pé das cadeiras...

As naus
Espalham nadas pelo corredor
- Correm em direção aos quartos.

Os quadros
Deixam escapar água
- A parede é cachoeira.

Das margens
Chegam à sacada,
Que suportam o peso do mundo.

As lâmpada não sabem...
(O calor irradia)
- Se fazem sol ou lua.

A privada é tormento,
Redemoinho
Temido pelos navegantes.

O fogão
Já é guerra:
- Nesta terra não há mais resquício de primavera.

E há quem diga:
Navegar é preciso...
- Banhar-se, também!

Ed. Lopes
Poeta

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