terça-feira, 26 de junho de 2012
Labirinto
Todo homem
É um labirinto,
Uma coisa
A boiar
Na imensidão
Impura;
Um fantasma,
Um monólogo,
Um instinto
A flamejar de desejos
Suas lutas...
Todo homem
Sozinho
É um destino,
Um caminho,
Uma estrada,
Uma trilha...
Uma fuga,
Uma vaga,
Uma lida,
Qualquer coisa
Maltrapilha...
...Todo homem
É um labirinto,
Um protesto,
Uma sina,
Um destino...
Mário Gerson
Poeta
Ilustração: Joan Miró
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Lendo o poema, eu me senti nesse labirinto, sendo humana percebo que cada verso escrito aqui é uma grande verdade. Parabéns pelo belo texto Mário
ResponderExcluirAridiana, obrigado por sua leitura sempre atenta... Cada um de nós guardamos essa trágica verdade de estarmos eternamente solitários diante de nossos mais profundos dilemas... Na verdade, somos como aquele que foi jogado no labirinto e a quem é dado apenas sobreviver!
Excluir"Todo homem Sozinho
ResponderExcluirÉ um destino". Muito bom, Mário!
Todo homem sozinho
ExcluirÉ um destino
porque guarda em si todas as chaves para abrir grande parte das portas que aparecem em seu caminho.
Cada homem
é uma trilha,
um caminho,
uma fuga...
Fujamos enquanto é tempo, Ellen. Fujamos logo...
Fujamos enquanto é tempo, Mario.
ExcluirBelo trabalho, amigo Mário!
ResponderExcluirAbraço.
Obrigado, grande poeta Pedro Belo! Abraços!
ExcluirTodo ser humano é um universo, indefinido, infinito...
ResponderExcluirBelíssimo poema, Mário!
Ana Rita, obrigado por sua leitura... Vamos juntos compartilhando nossas produções... Seus poemas enriquecem este espaço!
ExcluirAmei primeiro a escolha do Mi´to para ilustrar seu Labirinto, e tambem por " todo homem ser um um caminho,uma estrada, uma trilha, uma fuga," que mesmo sendo " o homem qualquer coisa maltrapilha" deságua em um labirinto que não lhe escapa destino Lindo
ResponderExcluirDulce, sua presença aqui enriquece este espaço... Obrigado, mais uma vez, por seu carinho, essa ternura presente sempre na sua escrita... "O homem" enquanto coisa continuará sendo esse eterno labirinto...
ExcluirÉ preciso ser poeta, "antena da raça", para traçar essa definição clara, ao mesmo tempo matafórica,tão apropriada acerca da condição humana no seu espaço de inserção. Poema muito preciso em conteúdo e forma, inclusive, nesta última, há uma sugestão rítmica bastante perspicaz (reforçada pela semântica) das idas e voltas de um labirinto, do movimento do destino propriamente dito...das nossas quebras, reentrâncias e construções!
ResponderExcluirParabéns, amigo poeta! (Vc tampou geral, não sobrou brecha qualquer!...rs) ...Abraço.
Ah, Leocy... Sua gentileza me impressiona! Que as tampinhas venham de mão cheia... rs o ritmo empregado no poema, para dar essa ideia de procura, de se perder entre caminhos não foi proposital. Somente um olhar atento como o seu perceberia isso... Nós somos como aquele homem que o rei mau jogou no labirinto e estamos sempre à procura da saída, seja ela qual for. Não importa se estaremos no mar ou na terra... Estamos sempre à procura de algo, sempre, sempre, sempre...
Excluir