
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
O incêndio do “eu” – II

O incêndio do “eu”

Dentro de mim como qualquer coisa
A enfeitar-me a imensidão de trevas alheias,
Há um Nero que descarrega sua fúria
Sobre meus dias de solidão...
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
O senhor do amor
Novos velhos medos
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
I
Se ao vê-lo enlouqueço de paixão.
Não por mim em paisagens ou mistérios despidos,
mas por essência do que vivi.
Experiências de viver!
Do que sou no íntimo.
Entristeço-me ao reflexo que vejo no espelho do meu quarto escuro
e cheio de lembranças de uma época que não era.
Que nunca fui;
Que foi imaginada;
Experiências de viver.
Marcos Antoniel
Poeta
As cores do meu sertão

Encanta-me ver o sol descendo no horizonte
Corando o céu azul e levando mais um dia,
Trazendo-me a beleza do meu lugar distante;
Fascinam-me as cores quentes que de longe irradiam,
Aquece a minha mente invadida de saudades...
A verdade é que nesse mar eu só encontro solidão
E o meu coração possui asas que deixam essa cidade
Voando como um passarinho a caminho do meu sertão.
Ana Rita Dantas de Lira
Poetisa
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Todo dia...
Mas nem sempre um amanhã...
Amanhã já é incerto por ser
E eu já não sei ao certo o que dizer,
O que sou,
O que sou pra você,
O que queres,
O que queres de mim,
O que se olha quando
Já não se sabe mais o que se vê?
Ariany do Vale
Poetisa
Cordeiro
Inspiração de todo querer,
Sol que irradia a cada manhã,
Senhor de todas as coisas,
És a parte mais sublime de todo ser...
Luz de todo conhecimento,
Mágica da vida eterna,
És o tudo e o todo
Da existência
Que já não tem fim.
És os versos
Que sempre estou a escrever.
Parte de mim
Que me faz manso,
Doce sabor de vida
Árvore que não perece
Fonte de águas límpidas,
Amor que o fio tece.
Simone Costa
Poetisa
Discórdia

A cada trago,
Um estrago,
De sua baforada
Me distancio...
Não acenderei teu cigarro...
Disto, eu não compartilho!
Não te vejo por trás da fumaça
Que você, não sei por que, reproduz
E a mim, onde será que me vejo,
Sem ter sabor no teu beijo?
Que não tem o mesmo sabor:
Dos tratos que fizemos entre nós mesmos
De ter os mesmos desejos,
Na vida seguirmos juntos?
Não comungamos mais...
Não acenderei teu cigarro!
Seremos outros a cada vez que acender
A discórdia entre os dedos
E isto, faz, sim, diferença:
Longe ou em minha presença,
Acredite: Não somos mais um.
Camila Paula
Poetisa
Barco à deriva

É em teus mares que navego
E mergulho na tua imprudência
Inadvertidamente.
Bebo teus goles Intragáveis –
Sal,
Amargor,
Doçura efêmera.
Teu corpo em minha saliva,
Em minha pele
Marcada sem dor,
Sem pudor,
Tampouco arrependimento.
Um barco à deriva
As águas lhe tragam
Mastigam
E lhe convertem
Do inferno ao paraíso,
Das noites em claro aos dias frios.
E lhe cospem no suor sagrado
O pecado dos que fogem à vida.
Rayane Medeiros
Poetisa
domingo, 25 de setembro de 2011
A natureza se alegra quando chove no sertão

Amor contradição

sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Cavaleiro sem aramadura
Hoje eu sou o cavaleiro
Sem mancha
Sem mágoa
Minha armadura descansa.
Não, não cansei de lutar.
Apenas me permito ser mais leve
Numa vida que me leve
Livre!
Das amarras e das armas
De me defender e de guerrear
Aos canhões, as flores.
À escuridão, o brilho das estrelas
Feridas são curadas
E a vida não pode ser medo de morrer!
Mais bonito que a dor
É ver a vida renascer, e viver. Reviver!
Sarita
Pelas noites que ia
Preciso dizer que andei vadia
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
O cheiro da morte
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Enamorada
Com meus ouvidos enamorados
Navegando em teus olhos...
Degusto seu tom de voz aveludado.
Passeio em tua pele morena
Sugando o mais puro mel
Cada cantinho visitado...
Viagem embalo de carrossel.
Descanso em pelos macios
Desperto com seu queixo a roçar
Minha pele, há pouco, labaredas...
Recostada em remanso de amar.
Saboreio teu sorriso atrevido
Levado menino travesso
Domesticada feito leoa...
Vira-me pelo avesso.
Fátima Feitosa
Poetisa
À poesia
domingo, 18 de setembro de 2011
Outrora não sentida
Ilusão
Observações de uma noite em claro
Lamento
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Alma de Poeta
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Interior
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Só resta esquecer
Esqueceu minha mão
Esqueceu minha boca
Lembrou-se do não
Me chama de louca
Não de paixão
Minha mala de roupa
Joga ao chão
Meus sentimentos não poupa
Parece esquecer
Os amassos quentes
Dados ao anoitecer
Atritos salientes
Prazer do proibido
Casal inexperiente
Testando a libido
Rápido veio
Não tardou sumiu
Do calor do meu seio
Nada mais viu
A mim só restou
Seu cheiro num cobertor
E lembranças antigas
Do que fora
Amor.
Poesia Largada
Só queria saber
Aonde esses versos vão me levar
Se está de dia ou ao anoitecer
Se já tá bom ou não de parar
Com essas palavras dá pra rimar?
Sei lá
Vamos arriscar
Errar não tem nada não
Basta rasgar a pagina
A gente outras coisas imagina
Usa uma metáfora , um jargão
Uma expressão culta e fina
Ou até mesmo um palavrão
O importante é escrever
Digo poetizar
Pacientemente, ir devagar
Tem que compreender
Não basta só ler
Pegar o bruto e desnudar
Evadir-se
Transportar
Entediei-me
Já cansei
Tenho que largar
Larguei!
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Ícaro

Com a solidão desta noite,
Com a solidão desta discórdia em mim,
Com a solidão desta minha vivência de nada
- Fotografado por minha ausência –
Meu ser como qualquer outro,
Meu ser como qualquer esboço
Daquilo que me prescreve a vida,
Daquilo que me discerne o nada –
Flutuo em minha consciência,
Vou pelos caminhos
De minha essência.
O inferno do dia

A poesia que me surge vem do agora,
Do que aqui está – bem profundo;
Vem do próprio ser, do imundo
Interior que carrego para sempre...
Brota dos meus olhos – luz e pena –
Farol de qualquer coisa inconseqüente;
Está desterrada de minha identidade,
Isolada em sua solitária realidade...
É visceral o pensamento que me invade
Quando fecho os olhos para ver
O inferno do dia e nele fenecer
Como uma coisa entre coisas
– Dentro de mim – até morrer!
Meta

Ao escrever, o poeta cumpre sua meta;
Desenha, sobre as coisas, sua estética;
Expulsa do ser o que lhe degenera.
O poeta canta e segue sua meta,
A de apenas findar-se onde tudo se encerra,
A de apenas fluir-se onde não se altera,
A de despertar do sono que um dia foi quimera.
Esta vida apenas – o canto que lhe observa
O pensamento vivo – luz sobre o peito – névoa.
O poeta canta e nesse canto
De algum lugar desprendido
Segue, às vezes, arruinando
O furor do antes destemido
Homem que brotou de seus pulmões –
Mais que um sonho reprimido.
O poeta cumpre sua meta,
Meta do papel, da solidão de não ter meta;
Meta da noite, sua marca preciosa;
Meta da não-meta mentirosa...
Da ilusão sempre pressentida
E que lhe seguirá pelos vãos
D’uma caminhada indefinida.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Revolução
Observador errante
Andança
O poema que eu deixei de escrever
