quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O senhor do amor


Diante de mim,
Mais uma vez, o amor
Em sua forma mais transparente
Despiu-se aos meus olhos
E quis fazer-se meu escravo
E eu que sempre fui servo
Via-me agora no papel de senhor
Senhor de todas as coisas
Ou simples senhor do amor
Que a mim se rendia
Em cada frase entorpecedora
Em cada carinho audaz
O amor se despia pra mim
Sem exigir nada em troca
Amor de forma humilde
Amor que não é dono
Amor que não quer posse
Amor só por amor
Amor legítimo
Havia em mim, porém,
Todo um universo a parte
Aquele amor imenso
De tão puro,
Fez de mim um ser covarde.
Como haveria eu de lidar
Com toda aquela atenção?
Como saberia retribuir?
Como poderia não querer?
O amor que não nos cobra
É o que mais nos faz oferecer
Oferecer-se por gosto
Entregar-se nos teus braços
E satisfazer suas vontades, seu gozo
Me vi assim incapaz
De ser tudo aqui que me afligia ser
Fugi do amor
Por medo de não saber corresponder

2 comentários:

  1. Só o amor incondicional - ágape. Este não nos dá nada em troca. Tem uma postagem em meu blogger a respeito de Kierkegaard- o filósofo do amor. A temática é parecida... um abraço

    ResponderExcluir
  2. Manda o link do seu blog Maxwell! E valeu pelo comentário, volte sempre, nos visite e sinta-se a vontade para colaborar conosco também. Essa é a nossa principal meta com esse blog, reunir novos autores.

    ResponderExcluir