Do reflexo no espelho do corte da porta
Alumia-se a guisa de um relâmpago claro,
Luz e brisa vacilam na parede torta
A lâmpada tremeluz-se num só disparo
E gotas transpassam no telhado vazado
A sombra disfarça o que escapa a pouca luz
O rubro na parede escorre libertado
A intempérie triste um relâmpago produz
O abajur solitário fica inconsolado
Parece clarear apenas parte do corpo
Inerme e sob a chuva intensa no telhado
Reflete uma luz o espelho vivo no morto
Pois que se tal carcaça expirou num só instante
Foi sob os olhos de um observador errante
Jorge Witt
Poeta
Lindo Jorge!!!
ResponderExcluirobrigado pela leitura, eu vou mandar mais poesias em breve.
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