sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Espectro humano



Olhou outra vez aquele espectro mal moldado
E sentiu pena daquela forma humana maltratada
Um rosto cansado e um corpo esquálido
que se esgueiravam pelas ruas
Assumindo assim a forma de outro ser
Tentando ali não denotar
A extrema pobreza de seu viver
Ficou ali parado por instantes
Contemplativo
A admirar-se de si o desencantamento
A falta de vigor e de bom senso
Um homem e sua imagem
E todo o nada que de si restou
Uma figura massacrada e quase sem vida
Um rejeitado pelo tempo
Uma figura humana 
Pela própria morte esquecida!









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