terça-feira, 6 de setembro de 2011

O inferno do dia




A poesia que me surge vem do agora,
Do que aqui está – bem profundo;
Vem do próprio ser, do imundo
Interior que carrego para sempre...

Brota dos meus olhos – luz e pena –
Farol de qualquer coisa inconseqüente;
Está desterrada de minha identidade,
Isolada em sua solitária realidade...

É visceral o pensamento que me invade
Quando fecho os olhos para ver
O inferno do dia e nele fenecer
Como uma coisa entre coisas
– Dentro de mim – até morrer!

4 comentários:

  1. É... a poesia vem de dentro, de um lugar bem profundo, que às vezes nem temos idéia de onde fica, mas as palavras jorram momentaneamente, como um rio que lança suas águas no mar e finalmente conseguimos enxergar nos versos o reflexo dos nossos sentimentos.
    Mário, parabéns por versos tão belos, tão cheios de significados e sentimentos.

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  2. Rita, obrigado por seus comentários nos meus poemas. Eles me surgem também nos momentos mais imprevistos, quando ando na rua, ou mesmo em meio a uma conversa qualquer; vem de dentro, de algum lugar indefinido.

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  3. "A poesia que me surge vem do agora,
    Do que aqui está – bem profundo;
    Vem do próprio ser, do imundo
    Interior que carrego para sempre"

    Que coisa mais linda poeta,me identifiquei muitíssimo! Nem preciso dizer, né? rs
    Parabéns, quando eu acho que vc não pode melhorar de tão perfeito,simplesmente me surpreende! Arrasooou

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  4. Rayane, posso dizer os mesmos dos seus versos, que são cada dia melhores. Sinto-me feliz em ver esse seu crescimento. Você é uma das nossas mais promissoras poetisas! Abração!

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