segunda-feira, 16 de julho de 2012

Terremoto em Areia Branca

Agora vou lhes contar
Um fato que ocorreu
Numa cidade a beira mar
Onde um dia a terra tremeu
Esse lugar é o meu lar
Foi lá que o poeta nasceu

Certa vez o presidente
Do nosso Brasil varonil
Mandou um aviso urgente
Era uma notícia terrível
Que ia matar muita gente
Perigosa como um míssil

O presidente mandou falar
Ao povo de Areia Branca
De algo que tá pra chegar
Ia bagunçar essas bandas
E era pra se preparar
Enquanto a coisa tá mansa.

Chamou seu ministro
Da segurança nacional
Pediu pra riscar o dito
E enviar pra seu Babau
O delegado da cidade
Da cidade o delegado

Um telegrama mandou
Para o homem do xadrez
Escreveu e anotou
Pediu que fosse veloz
A mensagem que enviou
E essa já dizia assim:

“Um movimento sísmico
Próximo a sua zona.
10 na escala Richter
Epicentro na vizinhança
É grande o perigo
Fique em vigilância”

Mas a resposta não veio
O presidente quis saber
Que danado aconteceu
E foi até lá pra vê
Saber se a notícia deu
Pra cidade proteger

Chegando lá viu Seu Babau
Na entrada da cidade
E lhe perguntou pelo mal
Quis saber da gravidade
Que eles tinham passado
Durante a adversidade

Seu Babau foi falando:
Desculpe excelência,
Mas estava planejando
O ato de uma ocorrência
E depois da aflição
Findamos a delinquência

O movimento parou
Era desarticulado
Não sei quem o planejou
Mas a ação foi parada
Logo, logo expirou
Deu fim na bandidada.

Fechamos também a ZONA
Todas as putas presas
Não deixamos nenhuma
E apesar dos pesares
Elas já se aprumaram
Deixaram essa vida pra lá.

RICHTER tentou fugir
Mas aqui não se cria não
Levou um mói de pêia
E ainda apanhou na mão
Pra poder deixar disso
E sair dessa situação.

Bandido não tem vez
Se aqui quer bagunçar
Não importa o que fez
Se eu pegar vai apanhar
Até eu me satisfazer
Ou o juiz mandar soltar

Epicentro, Epicleison,
Epifânio e os outros
Dezenove irmãos
Foram tudo é preso
Entraram no camburão
Com destino à prisão.

Deu um trabalho grande
Feito uma muléstia
Tudo pela segurança
Do povo da minha terra.
Com muita perseverança
Acabamos os crimes.

Mas o senhor permita
Desculpar a demora
Por que não tinha dito
Mas não tive foi hora
Por causa do maldito
Evento que teve agora

De uma hora pra outra
Me aparece um tremor
Deixou as véias loucas,
Os bichos num alvoroço
Agonia não foi pouca
Todo mundo ficou louco

Abalou a comunidade
Se soubesse disso antes
Parava a precariedade
Pedia até uma ponte
Ao prefeito da cidade
Pra nos levar pra longe

Mas lugar nenhum não serve
Pra sair daqui, só melhor
E sendo assim: só o Céu!
Pois mudar pra lugar pior
Só se da cuca for léleu
Ou se o problema for maior

E o povo ia subindo
Pro Céu fazer morada
Mas sabendo que um dia
Depois de reformada
Retornava com alegria
Pra sua terra bem amada!

Luiz Luz
Poeta

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