terça-feira, 16 de agosto de 2011
Num nebuloso breu de noite fria
Num nebuloso breu de noite fria
Sem que conta tomasse do impropério
De meu leito, imaculado anjo etéreo,
Nas impudicas máculas, dormia...
Mais vil fosse, de que modo veria,
Se já de juízo encontrava-me aéreo?
Qual a pálida tez, o olhar funéreo,
A todos meus desvelos, apreendia
Dentre os lábios frouxos de traço egrégio
Sutilmente, um sorriso me afigura
Maior não me seria o privilégio
E a gélida e translúcida estrutura...
Tomei-a! E foi tão doce o sacrilégio
Que doeu-me devolvê-la à sepultura.
Pedro Mota
Poeta
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Um belo soneto. Um soneto e tanto! Valeu e mande mais.
ResponderExcluirObrigado Mário! Tentarei contribuir sempre!
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