O tempo que se conta em segundos,
Minutos,
Horas.
Horas fosse o tempo que não volta...
Queria construir um relógio
Que seus ponteiros a rodar anti-horário
Voltasse minha vida para um passado presente
E de tudo que minha alma pudesse corrigir.
Os beijos seriam devolvidos,
Os abraços não dados.
Terias vivido,
O vívido tempo ao contrário.
Marcos Antoniel
Poeta
Por que as pessoas morrem?
Porque o mundo está lotado
Porque chegou a hora
Porque Deus quis
Porque não somos imortais
Porque tudo tem fim
Porque não nascemos pra semente
Porque a vida é beirar o abismo
Porque é a libertação total
Pra que viver, e saber que o fim é o nada que é tudo
É uma sensação de prazer e desprazer
É um querer inconsciente
Uma chama que se apaga sem querer
Sabe, eu não quero morrer!
Meu desejo é ser infinitamente imortal...
No sorriso, no abraço, no carinho, nas conversas, nas brincadeiras,
No eu te amo!
Dizer se a vida é justa ou injusta é selecionar quem vai ou não morrer
É um saber sem saber
Um estudar sem estudar
No final, é um viver sem viver.
É a morte...
Lailsa Ribeiro
Poetisa
Detalhes
Nos cantos, recantos da vida:
Detalhes, detalhes.
Procuro esvaziar o ego,
Buscar o novo, o fantástico,
Trilhar novos caminhos,
Antes jamais percorridos.
Descobrir o segredo da existência,
Procurar enxergar o invisível.
Aridiana Dantas
Poetisa
O último beijo
És perfumada como as damas devem ser
Atraia-me para ti
Nosso encontro é vital
Sine qua non, inevitável
Quem te disse que não vivo sem teu beijo?
Evitas as palavras mais doces
Para me entregar teus lábios em meio a uma guerra
Se me odeias, me beijas
És uma dama de armadura
Eu sou o inimigo assustado com uma esperança no coração
Sob nossos olhares somos iguais
Qualquer disfarce se desfaz na iminência dos teus lábios
Desejo tê-los e você
Me precipito, mas sinto que queres
Inevitável
...!
Ainda trêmulo
Exausto, provoco uma batalha
Segui o inimigo rendido
Como um animal, procuro teu cheiro nos meus braços
Ignoro meu sôfrego coração para não ter vivido o último beijo.
Aníbal Mascarenhas
Poeta
Palavras Agrestes
Se agrestes são as palavras tuas
E meu amor inconteste,
Sigo a olhar-te e te desejar em silêncio...
E te contemplo, imaginariamente,
Na alcova alva,
Recebendo-te na tua cândida essência;
E, paulatinamente, desnudando-te
Para enxergar o cerne de tu'alma
Através dos lindos seios teus...
Te olho, te guardo, te chamo...
Mostro-me a ti
E, incondicionalmente, te amo...
Lázaro Fabrício
Poeta
Poemas publicados no quadro Novos Poetas, GAZETA DO OESTE - www.gazetadooeste.com.br - caderno Expressão deste domingo, 7 de agosto
Adorei a oportunidade, muito obrigado pelo espaço. E sempre muito proveitoso ler os novos poetas.
ResponderExcluirMário, acho que pode-se dizer que o Movimento Novos Poetas está ganhando a visibilidade que qualquer esforço em prol da arte merece. Este espaço está "linkado" em vários blogs que visito. Parabéns a você e, principalmente aos novos poetas. Nós, leitores, certamente colheremos bons frutos com essa semente.
ResponderExcluirAníbal, quando nos juntamos - Camila, Davi, Ellen e Samuel - para apresentarmos as nossas produções, reforcei a todos a necessidade de evidenciarmos o trabalho também de outros. Quanto mais pessoas descobrirmos, mais possibilidades teremos de, no futuro, construirmos uma literatura diferente em nossa cidade. Agradecemos por seu incentivo à causa da poesia. Vamos em frente!
ResponderExcluirAntoniel, mande sempre seus poemas. Muito bom interagir com outros autores e conte com este espaço. Novos Poetas, novas oportunidades.
ResponderExcluir