domingo, 21 de agosto de 2011

O rio e o mar




Leve corrente de ar corriqueiro
Afagou e cessou as águas do mar,
O rio incessante viajou sem roteiro
Sublime instante de um singelo hesitar.

Esperança emergiu do fundo às margens,
Transpareceu a coragem que aos poucos fugia.
A maré indecisa refletia as imagens,
A balbúrdia pairava e o tempo corria.

Na espuma a leveza do eterno calar,
Constando a beleza da palavra esquecida
Eram as águas do rio nas ondas do mar...
Reproduziam os ecos da correnteza aquecida.

Mas o vento levou as ondas e deixou o tormento,
As lágrimas secaram a nascente sem vida,
O enlevo marcou o suave momento,
Um breve romance na paisagem aturdida.


Ana Rita Lira
Poetisa

3 comentários:

  1. Poema legal! Uma cadência muito boa, Ana Rita!

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  2. Poema muito bom mesmo. Ana Rita se garante! Mande mais para o nosso blog! Sucesso!

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  3. Obrigada, por ter postado mais um de meus poeminhas aqui no blog, pode deixar que eu vou mandar. Sucesso pra todos.

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