sexta-feira, 15 de julho de 2011

Buquê de Espinhos

Para outros ingênuos
Presenteei-lhe com um espinho
Ela extasiada o cheirou e agradeceu
Dos seus lábios por um buraquinho
Uma gota de sangue escorreu

Trocamos um beijo sanguinolento
Sem carinho a deflorei
Joguei-lhe ao relento
Lembro que ainda a esnobei

Foram espinhos no começo
Feridas, dores
Depois amor eterno no cio
Prazer, flores


Saibam românticos de inverno
Há que se começar pelo fel
Se quiseres fazer desse inferno
Alguma coisa de céu

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