As sacolas de papel e seus brasões
são tanino em meu coração
seco, murcho, insosso,
perdeu a calma
trinta, quarenta, cinquenta
metade se foi e a capacidade de amar
Não precisamos esperar!
desgasta e esfria o sangue
fujamos das filas
sua boca é suficiente para nos convencer
aos outros ela pode mentir
não me importo, gosto
Ainda sinto o gosto do bolo de casamento
nem champagne nem vinho
hoje quero seus fluídos
dê-me o mais doce se quiser ser amada
não se empenhe e morra seca:
escolha ser feliz.
Aníbal Mascarenhas
Poeta
Sonhar
Sonhar?
Sonhar é viver,
É cantar...
Sonhar?
Sonhar é ir além,
É buscar...
É caminhar sem rumo
Com a certeza de chegar,
É voar como águia
E o infinito alcançar...
É deixar-se levar pelo desejo,
Pelo sonho, pelo tempo.
Viajar...
E um dia, aqui ou além,
Quando tudo estiver consumado,
Não olhar para trás,
Não chorar o passado,
Pois estarás além
Do caminho traçado.
Aridiana Dantas
Poetisa
Esse teu olhar
Há um que não sei de que nesse teu olhar...
Um que de saudade
Um que de liberdade
Um certo que difícil de explicar
Há alguma coisa nesse teu olhar...
Alguma coisa que prende
Alguma coisa que rende
Alguma coisa que pede pra te amar
Há um certo brilho nesse teu olhar...
Um brilho que me ofusca
Que o meu olhar degusta
Um brilho que faz até a lua invejar
Há alguma coisa nesse teu olhar
Alguma coisa que fala
E que ao mesmo tempo se cala
Há segredos que quero desvendar...
Soa versos desse seu olhar...
Versos que acaricia
E que ao mesmo tempo alivia,
Que o meu olhar insiste em escutar
Há qualquer coisa nesse teu olhar...
Qualquer coisa que afaga...
Qualquer coisa que abraça...
Ah meu amor, como quero esse teu olhar...
Karla Jane
Poetisa
Repetiu a mesma rotina
Aqui alguém disse:
“Outrora já houve cinema”.
Então o tempo passou.
E triste, anos depois, falou:
“Ai que pena!”
Aqui alguém disse:
“antigamente havia paz”.
Mas cruelmente foram-se os anos.
“se havia, onde estás?”
Então se repetiu a mesma rotina.
Foi ai que perguntaram:
“teve alguma idéia brilhante?”
A resposta ficou num olhar insinuante.
As flores são mesmo insensatas.
O problema vem de tudo que respira.
Colhidas ferozmente por mãos ingratas.
Mesmo depois de morta, ela conspira!
Aí alguém disse:
“Ai que pena!”
Então o tempo passou.
Ainda bem que teve o cinema.
Bruno Coriolano
Poeta
Poemas publicados no quadro Novos Poetas, GAZETA DO OESTE - www.gazetadooeste.com.br - caderno Expressão deste domingo, 31 de julho
Te agradeço Mário pela oportunidade de poder contemplar aqui neste tão importante blog o meu frágil poema. Muito obrigado!
ResponderExcluirMuito bem, novos poetas! Mandem mais de seus poemas! Mais novos poetas precisam surgir! "Poesia guardada é passarinho engaiolado - não voa e não cumpre a missão de (en)cantar!" (Camila Paula)
ResponderExcluirMuito bom mesmo Camila, ver essa galara participando. E vamos que vamos meu povo, vamos participar sempre! Belos textos!
ResponderExcluirValeu, Aridiana. Mande sempre. O espaço está aberto a todos os novos autores que queiram divulgar seus poemas. Vamos em frente! Como Ellen diz: vamos participar sempre!
ResponderExcluirMuito boas essas poesias (:Adorei a leitura.
ResponderExcluirMuito bons os poemas...sempre dou minha passadinha aqui e sempre me surpreendo com texto que transpassam a alma e alegra o coração nos fazendo refletir sobre nossa humilde existência.
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