A Mulher-Pássaro
Sou poeta...
Meu corpo
Sem destino
É tudo o que,
Suponho,
Tenho em mim.
O ver tão
Sem prumo
Daquilo que
Constituiu-se
O irreparável.
No céu
De tua boca –
Já me dizia
O ditado –
Um homem
Pendurou
Uma gaiola.
Daí que tua voz
É um constante
Pássaro a cantar!
Ilustração: Juan Miró
Esta é a poesia inteligente e inconfundível do Mário Gerson!
ResponderExcluirObrigado, Camila... Sua leitura é deveras especial e importante para este marujo das palavras!
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