terça-feira, 26 de julho de 2011

A Mulher-Pássaro




Sou poeta...
Meu corpo
Sem destino
É tudo o que,
Suponho,
Tenho em mim.

O ver tão
Sem prumo
Daquilo que
Constituiu-se
O irreparável.

No céu
De tua boca –
Já me dizia
O ditado –
Um homem
Pendurou
Uma gaiola.
Daí que tua voz
É um constante
Pássaro a cantar!


Ilustração: Juan Miró

2 comentários:

  1. Esta é a poesia inteligente e inconfundível do Mário Gerson!

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  2. Obrigado, Camila... Sua leitura é deveras especial e importante para este marujo das palavras!

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