terça-feira, 5 de julho de 2011

Nas entrelinhas

Eu resolvi escrever um poema conturbado
Nas linhas simplórias de um cordel
Poema deve ser contraditório e complicado
Para que o crítico tire o chapéu

Nas palavras difíceis eu me escondo
E nas figuras de linguagem acho abrigo
E a cada nova linha vou compondo
Um enigma para confundir o inimigo

Comparo o amor com um tamanco em chamas
E falo como se meu peito fosse explodir
Pois mais vale um guarda-chuva com escamas
Do que sofrer o coração sem um elixir

O simples não agrada e quem o faz é pateta
E disso todos deveríamos saber! (Cada poeta)
Ser subjetivo não é lei, mas deveria!
Só há um modo de fazer arte! (e poesia)
Não me faço entender, mas escrevo com furor
Assim a poesia mostra o que tem! (tem seu valor!)

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